Os taxistas Waldemar Rosa (foto), 87, Dona Arlinda Albuquerque Moretti, 84 e Ion de Freitas, 84, fazem parte dos mais de 200 mil idosos que possuem carteira de habilitação no Brasil.
Waldemar é o mais antigo na profissão de taxista em São Paulo. Ele dirige todos os dias, sem folga nos finais de semana, sempre com traje social, incluindo a gravata. Waldemar, que pode ser encontrado em seu ponto na Rua Frei Caneca, na região central de São Paulo, já transportou famosos como Pelé, Xuxa e Tancredo Neves.
Dona Arlinda também tem sua agenda lotada: supermercado, farmácia, banco, igreja, coral, visita às amigas, posto de gasolina e mecânico. Até para viajar faz questão de dirigir seu Escort 1996. “Sou motorista completa”, enfatiza.
Ion, 60 de habilitação, ainda dirige seu carro, um Eco Sport, todos os dias para ir ao trabalho e defende a qualidade dos idosos ao volante. “Não vejo a idade como um problema. Há limitações físicas, mas cada um conhece as suas restrições. Em geral, os idosos têm a vantagem de ser mais prudentes e experientes. Já os jovens são muito afoitos”, destaca Ion.
O Renach (Registro Nacional de Carteira de Habilitação) mostra um aumento de 112% no total de documentos válidos para a “moçada” da terceira idade. No período de 2003 para 2006, o número de carteiras de habilitação subiu de 94 mil para 199 mil.
Entre os condutores do país acima de 61 anos, a alta foi de 44% e entre jovens de 18 a 21 anos, 4%. O aumento se deve à elevação da expectativa de vida e à popularização do carro nas últimas décadas, além do fato de haver deficiências no sistema de transporte coletivo, fazendo com que o automóvel passe a ser uma alternativa para melhorar a mobilidade e a qualidade de vida do idoso.
Coordenador de Webdesign e TI do Portal Terceira Idade, Jornalista e Publicitário (API, Assoc. Paulista de Imprensa: Reg. 2150) (clique aqui para falar com o colunista)