O título acima parece até nome de uma nova banda ou grupo de pagode… Infelizmente não é. Quando andamos pelas ruas ou saímos nos fins de semana para as baladas, já nos acostumamos a ver e conviver com uma legião de meninos e meninas de rua pedindo esmolas ou querendo lavar a janela do nosso carro e, imediatamente, nos vêm aqueles sentimentos de raiva, medo e aquela sensação de um grande incômodo.
Mas logo que o farol abre você atravessa a rua ou dá a partida no carro e pensa: “Ufa, que alivio”. Essas imagens acabam ficando apenas na nossa memória, sumindo ao menor sopro, assim como bolhas de sabão.
Puxa vida, esses seres humanos, adultos, jovens ou crianças, são tão humanos quanto nós. E porque será que eles estão nas ruas e nós não? Acho que só o fato de pensarmos nestas pessoas como seres humanos iguais a nós e tentar entender e buscar os milhares de motivos que os levaram a chegar a esse ponto, já faz uma grande diferença.
Vivemos num mundo cheio de beleza e desigualdade. Qual será a história desses jovens que praticamente viraram bichos? Com certeza, eles já tiveram casa, trabalho, família, amigos e, principalmente, dignidade.
Uma sociedade só muda quando seus cidadãos lutam por isso. Acredito que cada geração deve ajudar a sua e a seguinte a irem mais longe.
PS 1: Para meu assombro, soube que em Marília existem cerca de 15 mil famílias em 19 favelas.
PS 2: Será que é preciso este tipo de notícia para incluir a cidade no “mapa das grandes metrópoles”?
Coordenadora Geral do Portal Terceira Idade, Pesquisadora do Envelhecimento, Pedagoga e Jornalista (API, Assoc. Paulista de Imprensa: Reg. 2152) (clique aqui para falar com a colunista)