Pouco se fala sobre a incontinência fecal. Mas o distúrbio é comum em idosos e também em pacientes com algumas doenças como diabetes, lúpus e esclerodermia. Mulheres podem ter esse tipo de incontinência devido ao trauma ocasionado pelo parto.
O sintoma principal da incontinência fecal é o escape de gás ou de fezes de maneira involuntária, alterando a capacidade de segurar as fezes até a vontade de evacuar. Exames como a manometria ano-retal e o biofeedback vêm sendo importantes meios de diagnóstico e de tratamento desse distúrbio.
Outros sintomas são, também, coceira, dermatites e assaduras na região do ânus. O diagnóstico é baseado na história clínica do paciente e no exame físico. A manometria ano-retal consiste na inserção de uma sonda palo ânus bem fina e praticamente indolor, que visa registrar as pressões da região anal por computador.
A manometria também pode auxiliar no tratamento de pacientes com doenças como hemorróida, fissura anal e fístula, pois, através do exame, o médico poderá descobrir melhor sobre a fisiologia do ânus, influenciando inclusive no sucesso de uma cirurgia. O exame também é importante no diagnóstico de pacientes com constipação intestinal, pois auxilia na detecção das causas de origem anal e retal do distúrbio conhecido popularmente como prisão de ventre.
O biofeedback é um exame de diagnóstico e um método de tratamento que consiste na fisioterapia da região ano-retal por meio da colocação de um pequeno balão com 50 ml de ar na região do reto. As vantagens do exame são tanto para pacientes com constipação intestinal – favorece a evacuação – ou para pacientes com incontinência – paciente mantém continência de forma mais adequada.
A incontinência fecal também pode ser tratada com fisioterapia, que também pode beneficiar pacientes com patologias digestivas funcionais. Com o tratamento, a pessoa aprende a se conhecer. O paciente participa em todos os momentos e se autoconscientiza do problema.
Coordenadora Geral do Portal Terceira Idade, Pesquisadora do Envelhecimento, Pedagoga e Jornalista (API, Assoc. Paulista de Imprensa: Reg. 2152) (clique aqui para falar com a colunista)