Quando se fala em incontinência urinária, ainda existe o mito de que o problema afeta somente as pessoas que chegam à faixa etária da terceira idade. De acordo com a Sociedade Internacional de Continência, a incontinência urinária, definida como qualquer perda involuntária de urina, atinge pessoas de todas as idades, com maior incidência após os 60 anos de idade e, normalmente, afeta mais mulheres do que homens.
Muitas mulheres têm a doença e não sabem. Acham natural a perda de urina no seu dia a dia e só procuram um especialista quando não conseguem realizar suas atividades normalmente.
Profissionais alertam que 26% das mulheres no período reprodutivo sofrem do problema, que exerce perda involuntária de urina da bexiga. O número se eleva para 30 a 40% no período pós-menopáusico. A doença traz sérias consequências à saúde física e psicológica.
Há inúmeras causas e fatores de risco que acarretam a doença, entre elas a genética, esporte de auto-impacto, constipação, obesidade, menopausa, traumas pós-partos vaginais e pós-operatórios, além do tabagismo.
Outras causas são cirurgias abdominais ou pélvicas, como, por exemplo, histerectomias e cirurgias de tumores do colón e reto. Algumas doenças neurológicas como AVC, traumas e tumores medulares também podem afetar o controle do sistema nervoso sobre a micção. No caso da obesidade, pode provocar aumento da pressão intra-abdominal, que é transmitida para a bexiga.
Durante muitos anos a cirurgia foi a única opção de cura. Hoje, o tratamento conservador – fisioterapia e terapia comportamental – tem assumido um importante papel na reabilitação destes pacientes.
Estudos mostram que o que mais afeta as mulheres com a incontinência urinária é o convívio social, causando o desconforto, o que interfere negativamente na qualidade de vida, podendo levar à diminuição da frequência de atividade sexual, depressão e neurose.
O paciente incontinente não tem que aceitar a incontinência como um modo de vida, e nem aprender a conviver com ela. O primeiro passo que as pessoas incontinentes devem dar é admitir que o problema existe e, em seguida, procurar ajuda médica para solucioná-lo.
Coordenadora Geral do Portal Terceira Idade, Pesquisadora do Envelhecimento, Pedagoga e Jornalista (API, Assoc. Paulista de Imprensa: Reg. 2152) (clique aqui para falar com a colunista)