O AVE, ou Acidente Vascular Encefálico – o encéfalo é a parte do sistema nervoso central, contida no crânio, que compreende o cérebro, o cerebelo e a medula alongada – é um problema de saúde mundial. Dentre as 35 milhões das mortes atribuídas às doenças crônicas que ocorreram em 2005, o AVE foi responsável por 5,7 milhões delas (16,6%), sendo que 87% ocorreram em países subdesenvolvidos.
Nos Estados Unidos, a incidência é de 700.000 casos por ano – 165.000 correspondem a óbitos – e os respectivos custos anuais chegam a 58 bilhões de dólares. Na América Latina, o AVE é causa permanente de morbidade e de mortalidade entre adultos. No Brasil, as taxas de mortalidade ajustadas à idade para o AVE estão entre as maiores em nove países da América Latina.
AVE – Acidente Vascular Encefálico
Os pacientes acometidos pela doença, também conhecida como AVC (Acidente Vascular Cerebral), podem apresentar alterações sensitivas – como prejuízos na visão e na fala –, cognitivas – como demência– e motoras – como fraqueza muscular e dificuldade para andar, subir escadas ou cuidar-se. Há evidências de melhora na qualidade de vida de pacientes que desenvolveram paralisia de uma metade do corpo quando submetidos à fisioterapia.
O AVE é classificado como isquêmico (quando existe interrupção do fluxo sanguíneo encefálico) e como hemorrágico (quando ocorre rompimento de algum vaso que irriga o encéfalo), privando a área atingida de oxigênio e de nutrientes causando a sua morte, deixando sequelas que refletem a localização e o tamanho do AVE. Em geral, os AVEs isquêmicos são de 3 a 4 vezes mais frequentes que os hemorrágicos, compreendendo 70% a 80% de todos os AVEs.
Idade, sexo, etnia são os fatores não modificáveis que afetam a incidência dos AVEs. O determinante mais forte dos AVEs é a idade, seguida da hipertensão arterial sistêmica(HAS). O AVE é mais prevalente em pessoas do sexo masculino e em negros, naqueles com história pregressa de infarto, nos diabéticos, obesos, sedentários, tabagistas e etilistas.
Prevenção
A prevenção dos AVEs consiste na diminuição ou no controle dos fatores de risco preconizando uma dieta alimentar pobre em sal e em gorduras, uma prática regular de exercícios físicos e uma diminuição ou abolição dos hábitos de fumar e de beber. Em relação aos problemas de saúde que aumentam o risco de AVE, como diabetes e HAS, cabe ao paciente controlar a sua doença, seja com os medicamentos prescritos por seus médicos seja por mudanças no hábito de vida.
Redação do Portal Terceira Idade (clique aqui para falar com a equipe de redação do Portal Terceira Idade)