No último dia 14 de novembro celebrou-se o Dia Mundial do Diabetes. A data, criada pela Federação Internacional de Diabetes (IDF, em inglês) em parceria com a OMS (Organização Mundial da Saúde) em 1991, tem o objetivo de alertar a população para o aumento da incidência do diabetes no mundo. A doença fica caracterizada quando a glicemia, a taxa de açúcar no sangue, é alta demais.
Segundo a IDF, existem 371 milhões de diabéticos no mundo, dos quais 13,4 milhões estão no Brasil, país que ocupa o quarto lugar no mundo em número de casos, ficando atrás apenas da China, Índia e Estados Unidos, respectivamente.
Para mostrar ao mundo que o diabetes não impede ninguém de fazer tudo o que quiser,quatro jovens brasileiros diabéticos aceitaram o desafio de escalar o Monte Everest – a montanha mais alta do mundo, com uma altitude de 8.848 metros, situada na Cordilheira do Himalaia na fronteira do Nepal com o Tibete – e provar que a doença não os impede de levar uma vida normal, podendo inclusive praticar esportes radicais.
Rodrigo Ferreira, de 32 anos, Viviane Alano, 26, Letícia Socoloski, 24, eTomás Boeira, 20, todos com diabete tipo 1, são integrantes do Instituto da Criança com Diabetes (ICD), sediado em Porto Alegre (RS), e participam de um grupo de corrida. Nenhum, porém, havia praticado alpinismo antes. A iniciativa faz parte do projeto “Diabéticos sem Fronteiras”, liderado pelo alpinista espanhol Josu Feijoo, o primeiro diabético a escalar o ponto mais alto do mundo.
“Há o preconceito de que diabéticos não podem fazer atividades físicas, mas uma história como a nossa mostra que é possível superar os limites”, declara Rodrigo, músico e professor de educação musical, que passou por um treinamento intensivo de dois meses para enfrentar condições extremas da expedição, como: ar rarefeito, frio extremo e avalanches de neve.
Na viagem de 22 dias, realizada entre os dias 18 de outubro e 8 de novembro, Tomás alcançou o acampamento-base, a 5.350 metros de altitude, acompanhado pelo guia Feijoo. Os outros três optaram por descer quando chegaram aos 5 mil metros, não por causa de problemas relacionados à doença e, sim, pelas adversidades climáticas enfrentadas. “Não nevava há 28 anos nesta época do ano no Himalaia, o que atrapalhou a nossa subida”, diz Letícia. “Eu brinco que foi uma doce aventura”, completa a empresária.
Assista à entrevista com os membros do grupo, antes da expedição (vídeo abaixo).
‘Diabéticos sem Fronteiras’ escala o Monte Everest
Reportagem mostra grupo de brasileiros antes de escalar a montanha mais alta do mundo (03’21”)
Coordenadora Geral do Portal Terceira Idade, Pesquisadora do Envelhecimento, Pedagoga e Jornalista (API, Assoc. Paulista de Imprensa: Reg. 2152) (clique aqui para falar com a colunista)