Pesquisa realizada pelo Instituto de Defesa do Consumidor confirma uma dificuldade que faz parte do nosso dia a dia: 40% das pessoas não conseguem ler as informações nutricionais que aparecem nas embalagens dos produtos alimentícios. Entre os consumidores acima dos 50 anos, o número cresce para 78%.
Em reportagem especial sobre o assunto, realizada pelo Jornal do SBT Brasil no dia último dia 12 de novembro, foram entrevistadas algumas pessoas na faixa da 3ª idade, entre elas, Anisia Spezia, colunista e coordenadora de cuidadores voluntários do Portal Terceira Idade (vídeo acima).
“Quando os produtos apresentam essas letras pequenininhas, deveriam oferecer uma lupa de brinde”, brinca Anisia. “Eu acho que é descaso mesmo!”, desabafa.
Outra questão levantada pela pesquisa é a clareza das informações para quem tem que evitar um componente, como sal, por exemplo. Na maioria dos rótulos, o que aparece é a quantidade de sódio, que não é a mesma coisa. Especialistas em saúde constataram: as informações nutricionais pouco ajudam o cidadão.
“As pessoas às vezes têm uma orientação de um profissional de saúde, mas, quando vão procurá-las nos rótulos ou nas embalagens dos produtos, não as encontram de forma correta e acessível”, enfatiza o nutrólogo e cardiologista Daniel Magnoni.
A data de validade, por exemplo, é outro dado que apresenta, na maioria dos casos, dificuldade para leitura.
Esse é o primeiro estudo que avalia o problema no Brasil. Foram ouvidas 807 pessoas em quatro cidades brasileiras. O instituto que fez a pesquisa defende a padronização das tabelas nas embalagens no Brasil e também a adoção do chamado “semáforo nutricional”, como os encontrados em produtos importados, por exemplo. Neles, as cores verde, amarela e vermelha identificam os nutrientes em maior ou menor quantidade.
Coordenadora de redação e interatividade do Portal Terceira Idade (clique aqui para falar com a colunista)