Pesquisa recente, realizada em junho deste ano pela Escola de Medicina da Universidade de Boston, nos Estados Unidos, aponta que mulheres que tiveram seu último filho depois dos 33 anos de idade têm duas vezes mais probabilidade de viver até os 95 anos ou mais.
A pesquisa baseou-se na análise de dados do Long Life Family Study, estudo genético de 551 famílias com muitos membros que atingiram uma idade excepcional. Os pesquisados determinaram as idades em que 462 mulheres tiveram seu último filho e até que idade elas viveriam.
O estudo concluiu que as mulheres que tiveram seu último filho depois dos 33 anos de idade tinham duas vezes mais probabilidade de viver até os 95 anos ou mais, em comparação com aquelas que deram à luz aos 29 anos. Das 462 mulheres, 247 tiveram seu último filho depois dos 33 anos.
“Achamos que os mesmos genes que permitem a uma mulher ter um filho com mais idade de maneira natural são os mesmos que têm um papel importante na diminuição da taxa de envelhecimento e redução do risco de doenças relacionadas à idade, como doenças cardíacas, derrames, diabetes e câncer”, afirma Thomas Perls, professor de Geriatria no Centro Médico da Universidade de Boston.
Riscos
No entanto, Perls destaca que as mulheres não devem se basear nas conclusões do estudo e, deliberadamente, adiar a idade para ter filhos. Os pesquisadores não sabem se filhos nascidos de mulheres com mais idade tiveram problemas congênitos. Os médicos geralmente alertam as mulheres para o risco de um aumento dos problemas congênitos por causa da idade mais avançada da mãe.
Coordenadora de redação e interatividade do Portal Terceira Idade (clique aqui para falar com a colunista)