Feliz Ano Novo aos leitores – mesmo que um pouco atrasada… Mais um ano cheio de esperanças, anseios e fé de que vamos viver em um país melhor!
Porém, contudo, todavia… não posso deixar de relatar uma situação muito triste e indignante que ocorreu ainda em 2014: a fúria que emergiu nas redes sociais contra o povo nordestino, por ter votado em massa em Dilma Rousseff. Afinal, não foram só eles que votaram nela, e mesmo se tivessem sido, o voto é um direito livre e absoluto de cada cidadão!
Se pensarmos bem, o maior crime vem por parte do próprio governo reeleito – que já está no poder há mais de doze anos – e não irrigou sequer um pedacinho do Nordeste. É vergonhoso este e tantos outros governos anteriores condenarem crianças e adultos nordestinos à uma situação sub-humana e sem perspectiva alguma!
Será que entre as novas ideias deste dito “novo governo” está o respeito aos direitos humanos da infância nordestina? Direitos que envolvem educação, saúde, saneamento básico e o fim da tuberculose, que mata mais que o ebola no mundo subdesenvolvido.
Lá em cima no Brasil, o buraco é mais embaixo: praticamente, 40% das crianças maranhenses entre 8 e 9 anos não sabem ler nem escrever. Segundo o IBGE, o Maranhão tem o segundo maior índice de mortalidade infantil do Brasil, inferior apenas ao de Alagoas. De cada 1.000 nascidos no Maranhão, 29 não sobrevivem ao primeiro ano de vida. Em Alagoas, o IDH é igual ao do Gabão!
Existe um ‘muro da vergonha’ que separa Sudeste, Centro-Oeste e Sul do Nordeste e Norte. Esse muro não vai ser derrubado enquanto nós brasileiros seguirmos o mesmo rumo de nossos governantes, criando mazelas que ocultam o verdadeiro problema: corrupção generalizada e falta de respeito para com o ser humano, independente de cor, raça, credo ou região, seja no Brasil ou no resto do mundo!
PS 1: Preconceito e discriminação são as maiores armas que os governantes de nosso planeta usam e abusam para continuar no poder.
PS 2: Amanhã você pode ser a próxima vitima…

Coordenadora Geral do Portal Terceira Idade, Pesquisadora do Envelhecimento, Pedagoga e Jornalista (API, Assoc. Paulista de Imprensa: Reg. 2152) (clique aqui para falar com a colunista)