Desde a invenção da televisão, em 1923, essa “caixa mágica” tem participado do cotidiano de milhões de pessoas em todo o mundo – a primeira transmissão de TV no Brasil aconteceu em 1948. De lá para cá, milhares de programas, filmes e telenovelas já exibiram conteúdo para todos os segmentos de público: adultos, crianças, homens, mulheres… Mas e a 3ª idade? Será que a programação atende essa faixa etária? E por que ela ainda é retratada de forma caricata na TV ?
O Portal Terceira Idade foi convidado a participar de um debate no Programa Ver TV sobre como a televisão trata essa parcela de brasileiros cada vez maior e como eles se relacionam com esse meio de comunicação.
Participaram do debate, exibido pela TV Brasil e mediado pelo sociólogo e jornalista Lalo Leal, a pedagoga, jornalista e coordenadora geral do Portal, Tony Bernstein, Reginaldo Moreira, professor de comunicação da Universidade Estadual de Londrina, e Angélica Reis Marcondes, roteirista da série ‘É a vovozinha!’, exibida na TV Brasil.
A velhice precisa sair do armário
Segundo Reginaldo, “os idosos geralmente vêm com o estereótipo de problema com relação à aposentadoria, doenças, etc.. E sempre em contrapartida com o que é jovem, o que é belo, o que é produtivo, o que é rico”.
Para Angélica Reis, “tudo tem que ser jovem, isso é uma coisa que a TV compra há muitos anos e que ainda persiste, o que é bastante irritante, e que já é um discurso velho. A velhice precisa sair do armário e as rugas precisam aparecer”.
“O ser ‘mais velho’ não é nada diferente. O envelhecimento é um tabu que ainda não foi quebrado, porque a pessoa que está mais velha simplesmente somos nós amanhã. O Brasil ainda marginaliza muito e faz o idoso parecer que é um tonto, que ele é um doente, que ele é um ET”, comentou Tony. Assista ao debate completo, clicando no vídeo acima.
Vídeo/fotos: TV Brasil – EBC / divulgação
Coordenadora de redação e interatividade do Portal Terceira Idade (clique aqui para falar com a colunista)