Em todas as épocas de nossa história, tanto na cultura ocidental como na cultura oriental vivemos numa sociedade governada pelo sexo masculino. Estando o homem no poder político, ele acabou levando esse poder “para a cama”. Assim, na relação sexual, prevaleceu o comando masculino.
Desde cedo, os homens sempre carregaram a imposição sócio-cultural de serem garanhões potentes e musculosos e as mulheres, por sua vez, de serem frágeis e submissas, tornando-se apenas objeto do prazer masculino.
Tanto os homens como as mulheres trazem consigo, consciente ou inconscientemente, os resquícios destes valores cruéis até os dias de hoje. As mulheres sempre sofreram, e ainda sofrem muito, com os conceitos (e preconceitos) de nossa sociedade machista.
Mas será que os homens se sentem realmente bem nessa eterna posição de governantes e donos do mundo? Será possível que essa postura submissa das mulheres continue a mesma nos dias de hoje? Talvez a mudança de todo esse comportamento dependa mais da mulher do que do próprio homem.
Desde a primeira relação sexual, tanto os homens quanto as mulheres se sentem inseguros e confusos. Porém, se as mulheres buscarem conhecer melhor o seu corpo e as suas vontades e também ajudarem seus companheiros a se conhecer e compreender que o orgasmo masculino ou feminino é resultado da harmonia, do equilíbrio e do respeito de um para com o outro (além do tesão), com certeza o esteriótipo banal e primitivo do “homem macho” vai mudar e, assim, os valores de nossa sociedade também.
Exponha-se! Não tenha medo de mostrar sua fragilidade, suas dúvidas para ele(a). Numa relação saudável, onde o amor, o respeito e a igualdade prevalecem, ambos sentirão o orgasmo naturalmente, cada um a seu tempo e a sua maneira. Experimente!
Coordenadora Geral do Portal Terceira Idade, Pesquisadora do Envelhecimento, Pedagoga e Jornalista (API, Assoc. Paulista de Imprensa: Reg. 2152) (clique aqui para falar com a colunista)