Passam os anos, os dias e, de repente, me pego pensando: “Os jogadores de futebol da época do Pelé e do Garrincha eram melhores…” ou “ Ah, como os festivais de música da TV Record eram bons, lançaram Elis Regina, Roberto Carlos, Chico Buarque…”
Lembro-me do meu primeiro beijo, meu primeiro namorado, minha primeira transa, até da minha primeira TV colorida. Parece coisa de velho… Sem dúvida, o melhor lugar, sempre, “é aqui e agora”. Mas por que será que essa sensação nos persegue?
Talvez porque, com o passar dos dias, e ainda mais com a sensação de que os dias passam cada vez mais rápido, sentimos que não estamos conseguindo fazer as coisas, seja no trabalho, em casa, ter o nosso tempo de lazer e realizações pessoais.
Isso sem falar na situação de nosso país. Vem aí mais uma eleição. Parece que a última foi ontem. Pior ainda, parece que os candidatos são os mesmos. E praticamente a maioria deles é.
Então, acho que é natural vivermos no passado, pois o presente não tem mais paixão, luta ou ideais. Sentimos um vazio que não conseguimos mais preencher nem com a novela da Globo.
Bem, posso parecer um pouco pessimista, mas acredito que tudo tem solução. Talvez reinventar o nosso dia a dia, andar por ruas diferentes, vestir roupas que nunca pensamos, falar com pessoas com quem nunca imaginamos conversar. Enfim, abrir nossa mente e nosso coração para o novo. E quem sabe, assim, comecemos a tomar atitudes diferentes e acreditar que hoje é melhor que ontem.
Coordenadora Geral do Portal Terceira Idade, Pesquisadora do Envelhecimento, Pedagoga e Jornalista (API, Assoc. Paulista de Imprensa: Reg. 2152) (clique aqui para falar com a colunista)