O Dia das Mães manifesta uma tripla comemoração de etapas significativas da vida humana – a sua geração, o ato do nascimento e o período da infância – acontecimentos todos que possuem no corpo da mulher, a mãe, o seu centro de referência. Assim, nesta data, são manifestos a celebração do tempo da gestação, a gratidão pela vida do indivíduo no seu instante inaugural, e o reconhecimento pela acolhida do recém-nascido durante os anos da infância, pelo menos. É um dia quando se tem muito a comemorar!
Nem todos nessa data percebem ou convivem com essa tripla comemoração, e também esse grau de entendimento não é necessário. Para alguns, a mãe é quem gera e traz à luz o filho, e estes dois momentos já são suficientes para caracterizar a plena maternidade. Para outros, ser mãe, verdadeiramente, é acolher e acompanhar a infância do filho, independente de uma real filiação biológica. Ambas as situações são judiciosamente lembradas nos festejos do Dia das Mães.
Para alguns outros poucos, a plenitude da maternidade só se concretiza quando o ciclo completo da geração, nascimento, e infância acontecem sob o ministério de uma única e mesma mulher – a mãe biológica – que, ao longo e ao fim desse processo, consagra-se mãe plena. Seria uma tal consagração, para estes poucos, a realização completa de uma mulher.
Felizmente, a vida não é um jogo de classificações e equilíbrios simétricos e o ‘dia das mães’ não é uma data para dividir e separar, ao contrário, é quando corações e mentes, unidos, somam e agregam na celebração, reconhecimento e gratidão da mãe biológica e da mãe adotiva, da mãe plena e da mãe cujo excesso de amor materno compensa a falta da vivência de etapas do ciclo completo da maternidade.
Neste dia, não nos importa que, para os ‘olhos da razão’, na maioria das situações, natureza e cultura estejam em posições opostas. Não importa que a ‘mãe natural’, a que gera e faz nascer, nutre e protege na intimidade do seu corpo, e entrega o recém-nascido para uma vida autônoma, e a ‘mãe cultural’, que acolhe, abriga e vela pela criança até a sua vida autônoma madura, possam ter nos traços de um papel pesos e medidas distintos.
Aos ‘olhos da emoção’, importa apenas que ‘mães naturais’ ou ‘mães culturais’, ‘mães naturais e culturais’, sejam plenas de amor nos seus atos, plenas de bons propósitos em suas finalidades, e que estejam prontas para receber em reconhecimento e gratidão todo amor que distribuíram.
Na vida do mundo pouco importa em qual tipo de mãe estamos enquadradas. O que importa mesmo é se, neste quadro onde estão estampados mãe e filhos, sorridentes e harmônicos, esteja ardendo, em ‘moto contínuo’, a chama do amor. E, então, que seja pleno de amor esse dia tão especial!
A todas as mães, principalmente as que carregam a chama da maternidade por todos os dias da existência mesmo tendo sido esgotado os ciclos ‘natural’ e ‘cultural’, neste dia de celebração da vida e do amor, gostaria de deixar registrado o meu mais humilde e sincero reconhecimento e abraço. Só o amor une, constrói e atua na superação das adversidades. Uma vida plena de amor é a que devemos almejar. A mãe é uma fonte perene de amor e do amar. A todas elas, rendemos o nosso amor!
Redação do Portal Terceira Idade (clique aqui para falar com a equipe de redação do Portal Terceira Idade)