Infelizmente, a maioria das cidades do Brasil não está preparada para facilitar o acesso e a locomoção para pessoas com algum tipo de deficiência física ou mobilidade reduzida.
Se essas limitações já tornam difíceis as tarefas do dia a dia, imagine as dificuldades que aparecem pela frente quando se pretende viajar para um destino de ecoturismo, repleto de cachoeiras e montanhas, ou praticar esportes de aventura.
A estância hidromineral de Socorro, localizada a 132 km de São Paulo, já investe na adaptação de suas atrações turísticas e tem se destacado como uma das cidades que mais se preocupam com a acessibilidade.
Em Socorro, a prática de esportes como rafting, tirolesa, arvorismo, rapel, cicloturismo, cavalgada e até vôo de asa-delta e parapente são realizadas em parques privados e a maioria já está preparada para receber deficientes físicos. De acordo com o tipo de deficiência e a modalidade esportiva escolhida, são determinadas algumas necessidades básicas, como acompanhamento de monitores e equipamentos adaptados.
Em parceria com a ONG Aventura Especial, a prefeitura da cidade deu início ao projeto “Aventureiros Especiais” há cerca de dois anos, com o objetivo de se tornar o primeiro destino turístico do país adaptado para pessoas com deficiências.
Foi a partir dessa idéia que se evidenciou a necessidade de adequar toda a cidade para receber turistas com mobilidade reduzida e criou-se o projeto “Socorro Acessível”, investindo em obras de adequação de passeios e edifícios públicos e de sinalização turística. Além da construção de rampas de acesso e rebaixamento de calçadas, a rede hoteleira, restaurantes, farmácias e o comércio local também estão se adequando a essa nova realidade.
“Hoje temos sorveterias, restaurantes e farmácias adaptados. Tem até um hotel que criou um canil para os cães-guias terem onde dormir”, diz Carlos Tavares, diretor de Turismo e Cultura de Socorro.

Coordenadora Geral do Portal Terceira Idade, Pesquisadora do Envelhecimento, Pedagoga e Jornalista (API, Assoc. Paulista de Imprensa: Reg. 2152) (clique aqui para falar com a colunista)