Assisti ao último jogo do Brasil na Copa e sofri como todos! Ufa, no final ganhamos. Todos ficaram felizes com a vitória, mas, cá prá nós, o Brasil tem jogado mais ou menos…
Parece que essa estória de mais ou menos tem se tornado um lugar comum em nossas vidas! Quando perguntamos a um amigo como está, ele responde: “mais ou menos”. E assim vai: “como está o trabalho, o governo, o dia, o salário?”, tudo anda nessa toada…
Estranho nos contentarmos com tão pouco e ainda ficarmos felizes… Na matemática, quando multiplicamos, mais com menos dá menos. E na vida também?
Sei que parece fácil falar – e com certeza sei o quão difícil é fazer algo para mudar as coisas –, mas, porém, contudo, todavia… Em algum momento, acordamos e queremos mais: saúde, lazer, dignidade, felicidade, etc., etc…
Fui buscar um pensador contemporâneo – muito querido e amado pela maioria –, para ver o que ele teria a dizer sobre esta questão, nosso querido Chico Xavier. Com certeza, suas palavras falam tudo e muito mais sobre esse sentimento generalizado:
“A gente pode morar numa casa mais ou menos, numa rua mais ou menos, numa cidade mais ou menos, e até ter um governo mais ou menos.
A gente pode dormir numa cama mais ou menos, comer um feijão mais ou menos, ter um transporte mais ou menos, e até ser obrigado a acreditar mais ou menos no futuro.
A gente pode olhar em volta e sentir que tudo está mais ou menos…
Tudo bem!
O que a gente não pode mesmo, nunca, de jeito nenhum… é amar mais ou menos, sonhar mais ou menos, ser amigo mais ou menos, namorar mais ou menos, ter fé mais ou menos, e acreditar mais ou menos.
Senão, a gente corre o risco de se tornar uma pessoa mais ou menos.”
Chico Xavier (1910-2002)
PS 1: Um mais um nem sempre é dois…
PS 2: Vamos continuar torcendo!
Coordenadora Geral do Portal Terceira Idade, Pesquisadora do Envelhecimento, Pedagoga e Jornalista (API, Assoc. Paulista de Imprensa: Reg. 2152) (clique aqui para falar com a colunista)