são tantas as coisas lindas,
Que a vida nos oferece,
Mas o ser humano ainda,
Quase tudo desconhece.
O ser humano é tão pobre
De amor e boa vontade,
Que envelhece e não descobre,
Infinito e eternidade.
Têm o tempo tão escasso,
Que até pensar é um tormento,
Mas no limite do espaço,
Não cabe nem pensamento.
Com a mente estagnada,
Analisando prejuízos,
É alma desencantada,
Nos jardins do paraíso.
Seus patrimônios consome,
Na ganância e na usura,
Chaga até morrer de fome,
Num celeiro de fartura.
Da vida entre os escolhos,
Encontra-se a amizade,
Mas muita gente tem olhos,
Que só enxergam maldade.
Suas mentes poluídas,
Com pensamentos confusos,
Transformam os bens da vida,
Em objetos escusos.
Em sua triste miopia,
E profundo mau-humor,
Não vêem, nem à luz do dia,
O colorido da flor.
Vasculham a vida alheia,
De males fazendo listas,
Pois trazem a cuca cheia,
De conceitos moralistas.
Há incoerência gritante,
Pelos vícios que carregam,
Numa vivência distante,
Da moral que eles pregam.
Pela vida inteira passam,
Enganado e corrompendo.
Aconselhando: “Não façam!!!”,
Aquilo que estão fazendo.
Como infeliz mercador,
Que no delírio da febre,
Compra paixão por amor,
E vende gato por lebre.
Um dia hão de acordar,
Para a realidade crua,
E vão sentir-se no ar,
Perto do mundo da lua.
Como quem se desilude,
Do muito mal que fizera,
E vem buscar a virtude,
De uma vida mais sincera.
Assim nossos companheiros,
Renitentes pecadores,
Hão de mudar por inteiro,
Sua escala de valores.
Ante a dor que redime,
Os erros da humanidade,
Há de renascer sublime,
Um conceito de amizade.
Escritor e poeta (clique aqui para falar com o colunista)