“70% da população poderá ter uma dor relacionada à coluna ao longo de suas vidas”. A afirmação é do Dr. Joel Augusto Ribeiro Teixeira, neurocirurgião do Hospital CEMA, em São Paulo.
Para esclarecer mais sobre o assunto, o Portal Terceira Idade realizou uma entrevista com o médico, que também é pioneiro no Brasil no uso de impressoras 3D em diagnósticos e cirurgias da coluna.
O médico explica que a chegada da impressora 3D nos consultórios e centros cirúrgicos é um avanço importante, principalmente, por dar mais precisão no diagnóstico e nas cirurgias. “Os exames de imagem utilizados hoje são apresentados em 2 dimensões de cada vez. Isso significa que o médico tem que criar na mente a visão de como é o órgão em 3 dimensões. Por melhor que seja o raciocínio, muitos dados ficam faltando, a análise fica incompleta”, afirma.
“Por exemplo, no caso da coluna, podemos pegá-la com as mãos para ver o lado que quisermos. Isso permite um melhor entendimento do órgão como um todo e a possibilidade de simular cirurgias no modelo impresso, preparando-se para a cirurgia real com um entendimento muito melhor”, diz.
Analisando o corpo humano como um todo
Numa época em que há muitos médicos especialistas, é importante que o profissional tenha também uma visão generalista, para que ele possa fazer um diagnóstico adequado, mesmo que ele não vá tratar daquela parte específica do corpo.
“Por exemplo, eu posso não ser um médico de quadril, mas eu posso receitar uma medicação para amenizar a dor do paciente, mesmo que eu não possa realizar a cirurgia específica, por ser fora da minha área. Um tratamento mais simples acaba resolvendo o problema também”, explica o Dr. Joel.
“O paciente é um todo. A especialização é uma divisão que a gente faz por conta das nossas limitações, por não sermos capazes de termos o conhecimento completo de uma pessoa”, finaliza.
Assista à entrevista completa clicando no vídeo acima.
Vídeo: TV Portal Terceira Idade
Coordenadora Geral do Portal Terceira Idade, Pesquisadora do Envelhecimento, Pedagoga e Jornalista (API, Assoc. Paulista de Imprensa: Reg. 2152) (clique aqui para falar com a colunista)