maior encontro científico sobre a doença de Alzheimer, a Conferência Internacional da Associação de Alzheimer, em Toronto, no Canadá, ocorre anualmente e reúne os maiores especialistas e cientistas que buscam compreender esta doença, com a expectativa de que novos tratamentos estejam disponíveis em breve.
Embora haja promessas e perspectivas quanto a novas terapias e prevenções para a doença de Alzheimer, gostaria de focar neste artigo em hábitos de vida fáceis de serem desenvolvidos ao longo da vida – e que podem reduzir o risco desta doença na terceira idade.
Estilo de vida mentalmente ativo
Em encontro recente, alguns pesquisadores anunciaram resultados de pesquisas animadores a este respeito. Por exemplo, atividades que envolvam raciocínios complexos e trabalho em grupo parecem proteger as pessoas contra a doença de Alzheimer.
Dois estudos concluíram que trabalhar em atividades que exigem bastante de nosso cérebro e que careçam da interação com outras pessoas foi até mesmo capaz de contrabalançar os efeitos ruins que dietas pouco saudáveis ou problemas circulatórios no cérebro podem ter sobre a cognição e a memória. Parece que um estilo de vida mentalmente muito ativo previne o risco de desenvolvimento de demências como a de Alzheimer, mesmo nas pessoas que tem o hábito frequente de comer doces, carne vermelha e alimentos ricos em farinha refinada, como pães, bolachas e macarrão, o que pode ser prejudicial para o nosso cérebro.
Duas ou mais cabeças pensam melhor do que uma
As atividades profissionais que mais protegeram as pessoas estudas foram aquelas que exigem bastante da mente, como atividades ligadas a ensino (professores), advocacia, medicina e engenharia. Vale lembrar que, além de exigirem raciocínios complexos, estas profissões também levam ao contato intenso e frequente com as pessoas. O aspecto social destas atividades parece também ser importante para a proteção contra a doença de Alzheimer, já que outras atividades difíceis para o nosso cérebro, como pesquisa, escrita, cálculo, uma vez realizadas individualmente, não trazem benefícios tão importantes quanto as atividades em grupo.
Ou seja, é preciso exercitar a mente. Porém, duas ou mais cabeças pensam melhor do que uma. Nós, seres humanos, somos essencialmente seres sociais e, portanto, precisamos do outro para viver mais e melhor. Isto parece também ser verdade quando o assunto é a prevenção da doença de Alzheimer. Ter atividades que desenvolvam a capacidade de nosso cérebro interagir com outras pessoas pode ajudar-nos a permanecer longe desta doença.
Fotos/ilustrações: divulgação
Redação do Portal Terceira Idade (clique aqui para falar com a equipe de redação do Portal Terceira Idade)