de acordo com dados divulgados em outubro pela Fundação Internacional de Osteoporose (IOF, em inglês), um terço de todas as fraturas de quadril no mundo ocorre em homens, com taxa de mortalidade de até 37% no primeiro ano após a fratura, o que significa duas vezes mais que a de mulheres.
A osteoporose se caracteriza pelo enfraquecimento dos ossos e acomete principalmente os mais velhos. Isso ocorre, mesmo com uma proporção de incidência de casos em mulheres superior à dos homens – um em cada três casos, a partir dos 50 anos. Entre o sexo masculino, a proporção é de um homem em cada cinco casos. O relatório do IOF mostra ainda que, de 1950 a 2050, o número de homens com 60 anos ou mais – o grupo etário de maior risco de osteoporose – deve aumentar dez vezes.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), os idosos, principalmente mulheres pós-menopausa, são os que mais sofrem da osteoporose. Além da idade avançada, outros fatores de risco são: histórico familiar, dieta pobre em cálcio e vitamina D, fumo, álcool, vida sedentária e deficiência hormonal.
Problema silencioso
A osteoporose é um problema silencioso, assintomático, que ocorre quando há um enfraquecimento progressivo da massa óssea. O principal objetivo da prevenção e do tratamento é evitar fraturas, que ocorrem mais comumente em locais como coluna, punho, braço e quadril. Nos idosos, a osteoporose pode levar a complicações sérias como dores crônicas, dificuldades para locomoção e diminuição da qualidade de vida.
Tratamento
O tratamento da osteoporose consiste basicamente em ingestão de cálcio, vitamina D e medicamentos dedicados ao combate à doença. A reposição do cálcio pode acontecer por meio de três tipos existentes: o cálcio animal, o sintético ou vegetal, este último extraído de algas marinhas. Responsável pela formação dos ossos e dentes atua junto com a vitamina K auxiliando na coagulação do sangue, auxilia o sódio e o potássio na contração muscular do coração e pode ser encontrado em alguns alimentos, como: gergelim, quinua, brócolis, linhaça, espinafre, soja e outros.
Porém, nem sempre esses alimentos chegam à mesa com a quantidade nutricional necessária. Devido à falta de minerais suficientes nas refeições, cresce cada vez mais o consumo de suplementos de cálcio. O que é positivo, pois é sinal de que o brasileiro está atento à saúde e está se cuidando.
Apesar deste bom hábito, é importante lembrar que há diferença entre os tipos de cálcio, em especial, os que são encapsulados. Segundo pesquisa realizada pelo Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o cálcio de origem vegetal (que é encontrado na suplementação de minerais de algas marinhas) tem maior poder de absorção (86,7%) em comparação com as fontes de origem mineral (69,7%) e animal (27,4%).
A estrutura celular da alga marinha e sua porosidade podem explicar estes resultados. A alga oferece uma grande superfície de troca iônica e torna seus nutrientes biodisponíveis, diferentemente das demais fontes de cálcio presentes no mercado, de acordo com o estudo realizado pela UFMG.
A importância do Cálcio
O cálcio encontrado na suplementação a base de algas marinhas, por ser um repositor de minerais natural, oferece segurança à saúde porque seus elementos são organizados harmonicamente pela própria alga sem que haja conflito, sendo absorvido em sua quase totalidade pelo organismo.
De acordo com a nutricionista Camila Prata, graduada pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro, com o avanço da idade surgem alterações fisiológicas que podem interferir no estilo de vida do idoso, fazendo com que a suplementação seja necessária. “Estas alterações interferem diretamente no estado nutricional do idoso. Estes fatores podem contribuir para o aparecimento de doenças como desnutrição ou obesidade, osteoporose, hipertensão e diabetes.
Muitas vezes a alimentação do idoso tem baixo valor nutricional e é rica em açucares, gorduras e sódio. Com isso, a ingestão de minerais importantes, como o cálcio, fica prejudicada”, afirma a especialista.
O cálcio, além de ser o principal constituinte dos ossos, é um mineral fundamental para a manutenção de várias funções do organismo. Nos ossos e nos dentes fica armazenada a maior parte do cálcio presente no corpo. O resto circula no sangue. A nutricionista explica ainda que falta de cálcio na dieta pode fazer com que o organismo retire-o dos ossos para manter seus níveis no sangue em equilíbrio, deixando o osso mais poroso, frágil e aumentando o risco de fraturas.
A descalcificação progressiva dos ossos é conhecida como osteoporose. Esta é uma doença mais comum nas mulheres e é mais frequente após a menopausa, mas os homens podem também desenvolver esta doença e que se torna mais frequente com o envelhecimento.
O tratamento da osteoporose é bastante abrangente e envolvem mudanças de hábitos, como a prática da atividade física, o abandono do álcool e do tabagismo, a exposição solar diária, o aumento do consumo de cálcio e de vitamina D através da alimentação ou por meio de suplementação (preferencialmente de origem vegetal), e quando necessária à utilização da reposição hormonal em mulheres na menopausa.
A vida que vem do mar
A suplementação de minerais à base de algas marinhas é um aliado da saúde. Os minerais são substâncias inorgânicas que não podem ser produzidas pelos seres vivos e a falta destes componentes podem gerar desequilíbrios.
Encontrada no litoral brasileiro, a alga Calcárea (Lithothamnium) – fonte da suplementação de minerais à base de algas marinhas – é um organismo vivo que absorve do fundo do mar os minerais disponíveis na água e transforma em elementos fisiologicamente compatíveis para as necessidades do corpo humano. A Lithothamnium é composta por carbonatos de cálcio e de magnésio sob a forma de cristais de calcita e mais 20 oligoelementos, presentes em quantidades variáveis, principalmente: Ferro, Manganês, Boro, Níquel, Cobre, Zinco, Molibdênio, Selênio e Estrôncio.
Vídeo: Vitalidade – Phosther Algamar
Fotos/ilustrações: divulgação
Coordenadora de redação e interatividade do Portal Terceira Idade (clique aqui para falar com a colunista)