muitos de nós, quando o ano inicia, fazem promessas do tipo: “Vou cuidar mais de mim”; “Preciso me matricular na academia”; “Começarei uma dieta”, entres outras tantas. Mas parece que nunca sobra tempo para dedicar a nós mesmos. Não sei se a frase “Time is Money” fica ecoando em nossa mente, ou se não temos mesmo coragem de dar o primeiro passo.
Para aqueles que precisam de um incentivo advindo da literatura, indico a leitura do livro “Atividade física, envelhecimento e manutenção da saúde”, publicado pela EDUFU (Editora da Universidade Federal de Uberlândia) no final do ano de 2010.
Sua organizadora, a professora doutora Geni Araujo Costa, primou pelo cuidado com que elaborou uma normatização prévia seguida pelos quarenta e três autores que convidou, tidos por ela como referência na área.
A obra é dividida em duas partes. Na primeira podemos encontrar a produção científica de estagiários e profissionais integrantes do projeto AFRID (Atividades Físicas e Recreativas para a Terceira Idade) do curso de Educação Física da Universidade Federal de Uberlândia, distribuída em 23 artigos.
Na segunda parte, há oito capítulos escritos por profissionais da área de Gerontologia e Geriatria. Os títulos dão o tom da importância dessa leitura para todos os interessados em viver bem e procurar contribuir para um envelhecimento saudável naquilo que cabe ao seu esforço pessoal. Afinal de contas, não podemos esquecer que o bem estar que buscamos advém da interação entre o que podemos fazer de melhor por nós mesmos e aquilo que a sociedade nos oferece. Ler o livro indicado talvez nos faça compreender o quão complexo é o processo de mudanças que vivemos no envelhecimento.
Os capítulos se referem ao processo de envelhecimento e sua relação com a longevidade como um desafio para a sociedade; às alterações físicas e funcionais; ao sistema imunológico; às alterações pulmonares; à nutrição; à saúde da mulher; à sexualidade; aos distúrbios do sono; às alterações cognitivas; e às atividades físicas.
Àqueles que fizeram as pazes com o tempo e aceitam as mudanças decorrentes dele sem, com isso, se tornarem passivos, meros espectadores e sedentários, vale a leitura!
Àqueles que buscam na atividade física o “remédio” e a “receita” da eterna juventude, a organizadora lembra que “o processo de envelhecimento é obrigatório, inevitável, dinâmico e irreversível”.
Fotos/ilustrações: divulgação
Pós-doutora em Gerontologia (USP), Doutora em Educação (UNICAMP) e Docente da Universidade Federal de São João Del-Rei (UFSJ) (clique aqui para falar com a colunista)