um relatório publicado na revista Frontiers in Neurology afirma: “O zumbido é um dos sintomas somáticos mais comuns que afetam a humanidade”. Ele pode ser considerado o terceiro sintoma que mais causa incômodo, perdendo apenas para dor e tontura intensas e intratáveis.
O zumbido é um som percebido nos ouvidos ou na cabeça sem que haja uma fonte sonora ao redor. É um sintoma – e não uma doença! – que geralmente tem origem em algum ponto da via auditiva, podendo estar frequentemente associado a algumas condições de saúde.
Muitos indivíduos apresentam o zumbido associado a outros problemas como perda auditiva (90%), tontura, vertigem e intolerância a sons (20 a 40%), tendo sua qualidade de vida prejudicada.
Alerta do corpo
Ele pode se assemelhar a diversos sons, como apito, chiado, abelha, panela de pressão, etc. Mas, raramente, o zumbido é rítmico, parecendo-se com batidas do coração ou cliques.
Esse sintoma acomete 15% da população geral, especialmente os idosos (33%). Segundo pesquisas, até mesmo as crianças possuem zumbido com uma frequência maior do que o esperado (19% entre 5 a 12 anos) e esse número vem aumentando devido ao uso incorreto do fone de ouvido.
Por ser um sintoma, o zumbido em si é um alerta do corpo de que algo não está funcionando como deveria. A lista de possíveis doenças, desequilíbrios e transtornos que podem ocasioná-lo é bem ampla e variada, sendo que 90% desse incômodo está associado a alguma alteração auditiva.
Outras possíveis causas de zumbido são: exposição ao ruído, envelhecimento, inflamação e infecções no ouvido, efeitos colaterais de medicação, disfunção na mandíbula e problemas odontológicos, dores musculares, alimentação inadequada, estresse, entre outros.
O zumbido tem tratamento
Para muitas pessoas, esse sintoma acaba passando despercebido e sem incomodar, porém para a maior parte dos indivíduos esse desconforto é de grau moderado. Apesar de gerar preocupação, ele tem tratamento na maioria das vezes. Para isso, é necessária uma investigação detalhada e personalizada para identificar o que está causando o zumbido e, assim, escolher o tratamento mais adequado para cada pessoa.
Em muitos casos, além do acompanhamento médico, é necessário um trabalho em conjunto com outros profissionais da área da saúde, como o fonoaudiólogo, dentista, psicólogo, entre outros. E, como 90% dos casos de zumbido estão associados a alguma alteração auditiva, para todos os casos, é fundamental a realização da avaliação auditiva, além da avaliação específica para o zumbido, que fornece pistas importantes para o tratamento e na qual é possível medir a sua intensidade e suas características. Essas duas avaliações são realizadas pelo fonoaudiólogo.
Para as pessoas com perda auditiva é essencial – e faz parte do tratamento do zumbido – o uso do aparelho auditivo. Com o aparelho auditivo bem adaptado, a pessoa passa a ouvir adequadamente os sons externos, principalmente os de fala, e o cérebro não fica mais em privação sensorial, aliviando e diminuindo a sensação do zumbido em conjunto.
“Apito”
Recentemente, foi lançado um novo tratamento exclusivo – a Terapia Notch – para quem tem perda auditiva e zumbido do tipo “apito”. As pesquisas mostraram um alívio mais rápido do zumbido.
Vale ressaltar que para os pacientes com zumbido, mas sem perda auditiva, também existe o tratamento com enriquecimento sonoro com diversos tipos de equipamentos.
O Espaço da Audição realiza a avaliação auditiva, incluindo a do zumbido, e também possui diversos tipos de tratamento para o zumbido, incluindo a exclusiva Terapia Notch.
Fotos/ilustrações: divulgação
Redação do Portal Terceira Idade (clique aqui para falar com a equipe de redação do Portal Terceira Idade)