![Feijão com arroz ou arroz com feijão?](https://portalterceiraidade.org.br/wp-content/uploads/2021/04/como-aproveitar-sobras-de-arroz-e-feijao-1024x706.jpg)
existem registros históricos de consumo do feijão que datam de nove mil anos antes de Cristo. Os índios brasileiros, por ocasião do século XVI, chamavam o feijão de “comanda” e o binômio comanda com farinha já existia no cardápio brasileiro quando os portugueses aqui chegaram. Os Bandeirantes incorporaram esta refeição e a espalharam por todo o Brasil.
Das Américas o feijão se espalhou pelo mundo. Da Europa ao Oriente Médio, da Índia ao Japão, da África aos EUA. O feijão foi introduzido na Europa em 1540 e o seu o cultivo, entre outras culturas, livrou a Europa da fome. A expectativa de vida aumentou e a mortalidade infantil decaiu significativamente.
O Brasil é, hoje, o maior produtor e consumidor mundial de feijão, seguido pelo México. Os estados de Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Goiás e Bahia são os maiores produtores.
O feijão constitui um dos mais importantes alimentos na dieta do brasileiro, porque contém teor médio de 22% de proteína e é rico em ferro. Ele é consumido como feijão cozido, feijoada, virado, saladas e doces diversos.
O feijão possui um alto valor calórico, sendo que 100 gramas de feijão apresentam 330 calorias. Contem sais minerais como ferro, potássio, fósforo e cálcio, além de ser rico em fibras.
O tipo de feijão mais comercializado no Brasil é o feijão tipo carioca, abrangendo cerca de 70% do total produzido no País. No Brasil, são vários os tipos de feijões cultivados: carioquinha, preto, de corda, jalo, branco, rosado, fradinho, rajado e bolinha.
Bem, depois de tanto feijão, acho que você deve ter ficado com água na boca. Então, que tal uma receita de um delicioso prato com feijão?
RECEITA DE FEIJÃO TROPEIRO
![foto colunas](http://www.portalterceiraidade.org.br/images/materias7/foto0899b.jpg)
Breve história do prato:
Desde o período colonial, o transporte das mais diversas mercadorias era feito por tropas a cavalo ou em lombos de burros. Os homens que guiavam esses animais eram chamados tropeiros. Até a metade do século 20, eles viajavam pelas Minas Gerais conduzindo o gado.
Para agilizar o preparo das refeições, o feijão era misturado à farinha de mandioca, torresmo, lingüiça, ovos, alho, cebola e tempero, e acabou tornando-se o prato básico desses homens. Daí surgiu o nome feijão-tropeiro.
Ingredientes:
– 1 kg de feijão mulatinho (ou rosinha, ou outro de sua preferência);
– 300 gramas de toucinho defumado;
– 200 gramas de farinha de mandioca;
– 1 cebola média bem picada;
– 2 dentes de alho picados;
– sal, pimenta-do-reino e cheiro-verde a gosto.
Modo de preparo:
Corte o toucinho em pedacinhos regulares e frite-o até obter torresmos bem sequinhos.
Retire-os de sua gordura e seque-os em papel absorvente.
Reserve.
Use 2 colheres (sopa) da gordura do toucinho e nela refogue o feijão com a cebola, alho, sal e pimenta.
Acrescente água fervente suficiente (cerca de 2 litros, mas depende do tipo de feijão – mais mole ou mais duro).
Deixe ferver até que o feijão fique macio (não desmanchando).
Escorra o feijão do caldo (o caldo, fervido até engrossar, pode ser temperado com mais pimenta e cheiro-verde e servido à parte; ou guardado para fazer uma sopa).
Em uma panela, misture o feijão escorrido com a farinha de mandioca, mexendo em fogo médio até misturar bem.
Acrescente os torresmos (reserve uma parte para decorar).
Misture mais um pouco.
Passe para a travessa de servir e decore com os torresmos restantes.
Fotos: divulgação
![Ivonete Pacheco da Silva](https://portalterceiraidade.org.br/wp-content/uploads/2022/02/ivonete01-1-100x100.png)
Consultora de Qualidade em Alimentação (clique aqui para falar com a colunista)