em todos os jornais, na TV, nas rádios, na escola, em casa e em todas as conversas que temos com nossos amigos, o assunto que mais se fala é aquecimento global. E sempre são citados termos como Kyoto, IPCC, efeito estufa, permafrost…
Para você entender melhor o aquecimento global (e não “suar frio” durante a conversa…), explicamos abaixo um pouco sobre este vocabulário científico.
Efeito Estufa:
A queima de combustíveis fósseis (petróleo e derivados, carvão mineral e gás natural) produz gases (como o dióxido de carbono – CO2, por exemplo).
Esse “cobertor” de gases que se acumulam na nossa atmosfera impede que parte do calor do Sol que chega até a Terra seja rebatido de volta para o espaço, criando, assim, o chamado efeito estufa.
É como se você, numa noite quente, fosse trocando a cada hora o seu cobertor por outro mais quente e mais grosso…
Aumento do nível do mar:
Com o aumento da temperatura global, o mar também esquenta, aumentando seu volume (efeito parecido com o do aumento de volume da água numa panela de pressão). O calor também derrete o gelo sobre as calotas polares, somando, assim, mais água ao já aumentado volume dos oceanos. Até 2100, o Ártico (no Pólo Norte) tende a desaparecer e o nível do mar poderá subir até 59cm.
Muitas cidades costeiras do mundo inteiro poderão sofrer muito com isso, ou até desaparecer por completo.
Protocolo de Kyoto:
O Protocolo de Kyoto foi o resultado da 3ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, realizada no Japão, em 1997. A conferência reuniu representantes de 166 países para discutir providências em relação ao aquecimento global. O documento estabelece a redução das emissões de dióxido de carbono (CO2), que responde por 76% do total das emissões relacionadas ao aquecimento global, e outros gases do efeito estufa, nos países industrializados. Os signatários se comprometeriam a reduzir a emissão de poluentes em 5,2% em relação aos níveis de 1990.
Para entrar em vigor, porém, o documento precisa ser ratificado por pelo menos 55 países. Embora a União Européia já tenha anunciado seu apoio ao protocolo, os Estados Unidos – o maior poluidor – se negam a assiná-lo. Sozinho, o país emite nada menos que 36% dos gases venenosos que criam o efeito estufa.
Os EUA desistiram do tratado em 2001, alegando que o pacto era caro demais. O atual presidente americano, George W. Bush, alega ausência de provas de que o aquecimento global esteja relacionado à poluição industrial (leia mais sobre isso no termo “IPCC”, abaixo). Ele também argumenta que os cortes prejudicariam a economia do país, altamente dependente de combustíveis fósseis.
IPCC:
O IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Change, ou Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática), é um órgão criado pela ONU e, desde 1990, vem divulgando relatórios de avaliação sobre a saúde da atmosfera.
O último relatório, o AR4, foi divulgado em Paris no dia 2 de fevereiro deste ano, com a conclusão de que a a causa do aquecimento global não é devido a causas naturais, e sim, devido a nós, seres humanos.
Permafrost:
Permafrost é nome que se dá à área de solos congelados permanentemente durante o ano todo no Ártico (Pólo Norte). Esse permafrost já diminuiu 7% na segunda metade do século 20.
Infelizmente, o que antes eram termos restritos a documentários científicos, agora fazem parte do nosso dia-a-dia. E prepare-se, pois devem surgir mais e mais termos como esses nos próximos 93 anos (até 2100, ano que o 4º relatório do IPCC definiu como sendo a data na qual se confirmariam as suas previsões sobre as mudanças climáticas).
Para saber mais sobre o assunto, vale a pena consultar os sites recomendados abaixo (em “saiba mais”).
Fotomontagem: Karol Bernstein (urso polar lendo livros, sobre geleira)
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