na atualidade, a doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência, afetando pessoas de meia idade e idosos. É uma doença degenerativa e progressiva que causa lesão no tecido cerebral, causando distúrbios da função cognitiva, do humor e comportamento.
Entre os sintomas mais comuns estão a perda gradual da memória recente, declínio do desempenho para as atividades cotidianas, diminuição do senso-crítico, desorientação no tempo/espaço, estados ansiosos e depressivos. É importante ressaltar que a dificuldade de memória benigna é um processo natural do envelhecimento de qualquer pessoa, não devendo ser associado de imediato à doença.
Nos estágios iniciais do Alzheimer a pessoa tem consciência de seu estado e sofre com as perdas graduais e irreversíveis, apresentando sentimento de angústia, frustração, raiva e estados depressivos. O portador passa a viver num mundo onde os objetos desaparecem, as explicações são rapidamente esquecidas e as conversas perdem o sentido. Em fases mais avançadas a sensação é de que tudo começa a cada momento, o mundo lhes parece estranho e ameaçador, necessitando de atenção, tolerância e cuidados especiais do familiar ou do cuidador.
Cuidar de uma pessoa com demência é presenciar de forma progressiva a perda da identidade, processo construído durante toda a vida e que vai se perdendo aos poucos. É importante o familiar evitar a sobrecarga emocional, física e social que ocorre ao atender o portador de Alzheimer, buscando ajuda, informações e suporte emocional em grupos de apoio familiar.
Nos estágios iniciais e intermediários da doença podem ser realizadas atividades de reabilitação, que utilizam recursos ainda preservados do paciente, visando maior independência e diminuição das alterações de humor e comportamento. É importante focar sempre seu potencial remanescente e não suas perdas, visando retardar a progressão da doença e melhor qualidade de vida.
Fotos/ilustrações: divulgação
Psicóloga, Psicanalista, Pós-Graduada na UNC – Universidade Nacional de Córdoba (Argentina) (CRP 06/23285) (clique aqui para falar com a colunista)