desde o dia 14 de fevereiro, Ronaldo (no destaque da foto ao lado) não é mais jogador de futebol. O ex-jogador do Corinthians culpou o hipotireoidismo pela aposentadoria do futebol. O problema, descoberto em 2007, o impede de perder peso, levando-o a ter lesões constantes.
Mas vamos entender um pouco mais sobre o problema de Ronaldo, e de muitas outras pessoas que, como ele, sofrem da mesma doença.
A tireóide (ilustração ao lado) é uma glândula localizada na região do pescoço e tem como função, secretar dois hormônios conhecidos como T3 e T4. Esses hormônios tireoidianos têm a função de regular diversas funções metabólicas do corpo.
O excesso ou a redução dessa produção hormonal pode acarretar doenças conhecidas como hipertireoidismo, no caso do excesso da produção, ou hipotireoidismo, no caso da redução da produção dos hormônios.
Hipotireoidismo
O hipotireoidismo pode ser causado por medicamentos, cirurgias, ou da forma auto-imune, onde o próprio corpo produz anticorpos para combater a produção dos hormônios. Quando isso acontece, recebe o nome de ‘Doença de Rashimoto’. O hipotireoidismo é a doença mais comum da tireóide, é mais comum em mulheres e mais frequente em pessoas de mais idade, podendo ter uma relação com a hereditariedade.
Os principais sintomas são:
– Cansaço,
– Depressão,
– Adinamia (falta de iniciativa),
– Pele seca e fria,
– Prisão de ventre,
– Diminuição da frequência cardíaca,
– Lentificação da atividade cerebral,
– Voz mais grossa, como a de um disco em baixa rotação,
– Mixedema (inchaço duro),
– Redução da sudorese (transpiração),
– Sonolência,
– Reflexos mais lentos,
– Intolerância ao frio,
– Ganho de peso,
– Alterações menstruais e na potência e libido dos homens.
O diagnóstico é feito através de um exame de sangue que mostra as taxas dos hormônios tireoidianos. Quando as taxas estão abaixo da normalidade, é feito o diagnóstico do hipotireoidismo.
O tratamento é feito através da reposição desse hormônio, ajustando a dose até que os níveis hormonais fiquem ideais. Esses remédios devem ser tomados via oral, diariamente, e fazem com que o indivíduo possa levar uma vida normal.
No caso de um hipotireoidismo não tratado corretamente, o individuo pode ter agravamento dos sintomas e pode ter dificuldade na realização de suas tarefas diárias. Nos casos mais graves, pode correr risco de vida. Contudo, existe tratamento eficaz para a doença, que só depende da adesão do paciente ao tratamento.
Fotos/ilustrações: divulgação/AE
Fisioterapeuta especialista em ortopedia e traumatologia do Instituto de Ortopedia e Trauma do Hospital das Clínicas de São Paulo (CREFITO: 3 15382) (clique aqui para falar com o colunista)