todos nós nascemos nus. Quando crianças, meninos e meninas tomam banho juntos, brincam nus e, até aí, tudo é normal.
Já na adolescência, as coisas mudam. Seu corpo começa a se transformar, aparecem os seios, os pêlos, as espinhas, a primeira menstruação…
Surge então um “outro olhar” da nudez: vergonha, pudor, medo e culpa.
Na verdade o que mudou, mais do que o nosso corpo, foi a nossa cabeça. Claro, começamos a sentir desejos sexuais, mas, além disso, os valores e a moral da sociedade influenciam muito o nosso modo de pensar.
Desde a revolução industrial, o corpo (especialmente o da mulher) começou a ser visto e “vendido” como se fosse um carro ou uma televisão, ou seja, daí pra frente a nudez virou sinônimo de pornografia, prostituição, sacanagem, etc…
Esquecemos que, desde a Grécia antiga, os artistas cultuavam o corpo e esculpiam belíssimas estátuas nuas. Na época do renascentismo, artistas como Michelangelo e Botticelli se consagraram pelos seus traços perfeitos, esculpindo e pintando nus.
Tudo depende de como vemos a nudez. Nosso corpo é uma escultura e talvez a mais bela obra de arte já concebida pela natureza.
Porque não apreciar essa obra, como apreciamos um quadro ou uma bela paisagem?
Foto: divulgação
Coordenadora Geral do Portal Terceira Idade, Pesquisadora do Envelhecimento, Pedagoga e Jornalista (API, Assoc. Paulista de Imprensa: Reg. 2152) (clique aqui para falar com a colunista)