Com o passar dos anos, a pele passa por transformações associadas a mudanças no metabolismo, envelhecimento, exposição solar, à poluição e estilo de vida. No período da menopausa, a pele passa a ser considerada madura. Nessa fase, as reclamações mais comuns são a perda de viço, a flacidez, as rugas – que se tornam mais profundas – e alteração na uniformidade.
Melasma
Manchas e áreas hiperpigmentadas também dão o ar da graça, incluindo o melasma. Essa última se caracteriza por marcas escuras que surgem, geralmente no rosto, em regiões como bochechas, testa nariz e queixo, em diferentes idades e por diversos motivos.
Não há uma causa definida, mas, muitas vezes, está relacionado ao desequilíbrio hormonal, ao uso de anticoncepcionais, à gravidez, a problemas de tireoide, ao excesso de açúcar no sangue e à exposição solar.
Normalmente, a condição é identificada em exame clínico em consultório dermatológico. Existem, inclusive, lentes especiais que mostram se a mancha é mais superficial ou profunda, composta só de pigmento ou também por vasinhos.
Mulheres sofrem mais com o melasma?
Sim, as mulheres costumam sofrer mais com o melasma justamente por fatores hormonais. Quem tem as manchas não costuma ficar sem maquiagem para disfarçar, não se dá ao direito de ter a liberdade de andar por aí de cara lavada.
Fatos ou boatos?
Confira alguns fatos e boatos sobre o melasma.
1) É possível desenvolver melasma depois dos 60 anos
Fato. “É possível desenvolver melasma em qualquer época da vida adulta”, avisa a dermatologista Fabiana Seidl, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica.
O melasma é uma condição crônica que acontece devido ao excesso de melanina produzido por melanócitos hiper ativados. “Ele é mais comum em mulheres em idade fértil, porém as alterações hormonais que acontecem na pós-menopausa também podem predispor ao seu aparecimento”, explica Fabiana.
“Na pós-menopausa a apresentação clínica mais comum é o melasma extra facial, que ocorre em áreas corporais expostas ao sol como pescoço, colo e braços”, continua a médica.
2) O gatilho do melasma é hormonal
Fato. Outros fatores de risco incluem exposição solar, genética (história familiar de melasma) e uso de certos medicamentos. As manchas podem ter várias origens: hormonal, por exposição solar, a poluentes ambientais, poluentes digitais, estresse, cigarro e o próprio envelhecimento sistêmico. As manchas do melasma caracterizam uma doença crônica e por isso é necessário um acompanhamento contínuo para controle.
3) O desequilíbrio hormonal causador do melasma não está presente na mulher de 60+
Boato. “O desequilíbrio hormonal está presente nessa idade, sim, pelas alterações provenientes da menopausa. Além disso, não podemos esquecer de mulheres que fazem terapia de reposição hormonal, o que também predispõe ao aparecimento do melasma”, explica a dermatologista.
4) Quem desenvolveu melasma precisa continuar tratando para sempre
Fato. Ainda não existe cura para o melasma, apenas controle. “Evitar a exposição ao sol é fundamental, assim como utilizar o filtro solar, reaplicá-lo a cada 3 horas e complementar o tratamento com medicações que auxiliam no clareamento das manchas”, ensina Fabiana. Em tempo: não existem ainda tratamentos para acabar com o melasma. É quase irresistível cair na tentação de promessas milagrosas, mas o que resolve mesmo é consultar sua dermatologista e proteger o rosto do sol e do calor, que também intensifica o surgimento das marcas (inclusive borrifando água termal geladinha).
5) O melasma piora com a idade
Boato. A piora do melasma se dá, principalmente, por fatores hormonais e exposição solar. Portanto, a tendência é melhorar com a idade se a pessoa se proteger corretamente do sol. “Caso contrário, o melasma só irá piorar com o passar dos anos pelo dano cumulativo da radiação UV na pele.”
6) FPS faz parte do tratamento ideal para o melasma aos 60+
Fato. “O mesmo tratamento em qualquer idade inclui evitar exposição solar; usar o filtro solar com cor e reaplicá-lo a cada 3 horas; utilizar medicações prescritas pelo dermatologista que auxiliam no combate às manchas, com ativos como ácido tranexâmico, alfa-arbutin, niacinamida; evitar qualquer agressão à pele que possa gerar inflamação, pois isso piora o melasma.” Em consultório, são indicados peelings e laser, com indicação precisa de dermatologista.
7) O melasma se intensifica no verão
Fato. A maior exposição da pele aos raios solares estimula a atividade dos melanócitos, células responsáveis pela produção de melanina e a melanose, que é o acúmulo de melanina nos tecidos.
8) A alimentação pode ajudar a controlar o melasma
Fato. Dieta saudável faz bem para o corpo todo! Os antioxidantes presentes nas frutas, legumes e verduras ajudam a reduzir a inflamação e favorecem o bom funcionamento das células de todo o organismo, neutralizando o efeito negativo do estresse oxidativo e dos radicais livres. Consuma vitamina C (kiwi, laranja, limão, morango), vitamina E (arroz integral, amêndoa, amendoim, castanha do Pará), betacaroteno (abóbora, beterraba, cenoura), selênio (aveia, aves, amêndoas, fígado, nozes, frutos do mar, sementes de girassol). E evite fast food, alimentos processados, adoçantes artificiais, corantes e aditivos químicos, bebidas inflamatórias como refrigerantes, sucos de caixinha, bebidas alcoólicas e café, além de alimentos que possam causar alergia. Todos esses podem desencadear inflamação e acelerar o aparecimento de manchas.
Fonte: Karina Hollo, editora de beleza / Aura60+
Foto: Aura60+ / divulgação
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