Estudo realizado nos Estados Unidos com quase 16 mil pessoas comprova que, mesmo tardia, a mudança de hábitos pode trazer muitos benefícios à saúde.
Anemia, hipertensão, prisão de ventre, osteoporose, diabetes, doenças cardiovasculares, perda da massa muscular (ocorre conforme envelhecemos) e a diminuição do metabolismo (mais facilidade para acumular gordura), são problemas podem ser evitados, prevenidos e melhorados com o auxílio de uma boa alimentação e atividade física.
Consumir cinco porções diárias de frutas, verduras e legumes, exercitar-se pelo menos duas horas e meia por semana, manter um peso adequado e não fumar pode diminuir o risco de problemas cardíacos e o risco de morte, mesmo para quem fez mudanças recentes.
Especialistas brasileiros orientam que o ideal é fazer a mudança de alimentação aos poucos através de orientação de médico ou nutricionista para substituir determinados alimentos, em vez de retira-los de forma radical.
O exercício físico, desde que prescrito e realizado corretamente, melhora a força muscular, a condição aeróbica e diminui o ritmo da perda de massa óssea (que conduz à osteoporose). Além de outros benefícios já comprovados, o exercício físico melhora o equilíbrio e a coordenação motora, fundamental para prevenir quedas e fraturas, comuns nessa faixa etária.
O cigarro é um grande fator de risco para vários problemas comuns na terceira idade, como infarto, hipertensão, envelhecimento cutâneo e câncer de pulmão. “Não existe idade para parar de fumar, os riscos de adoecimento vão ser sempre reduzidos e os benefícios vêm para pessoas de todas as idades e podem ser sentidos de imediato”, afirma Ricardo Meirelles, pneumologista da divisão de controle do tabagismo do Inca (Instituto Nacional de Câncer).
Preservar a saúde mental também é importante. Pesquisas na área da psicologia também mostram que aprender um novo idioma melhora a auto-estima e favorece a socialização, além de manter a memória ativa, pois, aprendendo palavras de um novo vocabulário, você estará exercitando essa função.
A dona-de-casa Maria do Carmo Nobuko Umeda, 75 anos, começou as aulas de inglês aos 63. Quando o marido era vivo, eles viajavam muito e ela não entendia nada. “Mesmo sentindo um pouco de dificuldade é muito prazeroso conseguir traduzir as palavras”, enfatiza Maria do Carmo.
O músico Marcelo Caires, que estudou educação musical na terceira idade para seu mestrado em gerontologia na PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), relatou que a música também é um bom estimulo. “É possível aprender, e o importante é encontrar profissionais com boa formação e que desenvolvam um método de aprendizado rápido, pois o ensino nessa faixa etária não precisa ser diferente dos demais”, conclui Caires.
O comerciante aposentado Ludgero Alpendre, 79 anos, um apaixonado por música, participou de uma das oficinas de Caires. Começou cantando em um coral e depois aprendeu a tocar flauta doce. “Sentia que eu tinha uma vocação, mas não tive oportunidade de aprender quando era mais novo. Fico orgulhoso de ter aprendido ‘nessa idade’”, destaca Alpendre. Depois de ver uma professora tocando flauta transversal, achou lindo e comprou uma, com a qual ele fica “brincando”, tocando para ele e para os netos.
Redação do Portal Terceira Idade (clique aqui para falar com a equipe de redação do Portal Terceira Idade)